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Veja a forma correta de aplicar a vacina contra a Covid-19

Veja a forma correta de aplicar a vacina contra a Covid-19, e entenda quais profissionais podem realizar a vacinação e como se profissionalizar para atuar na área.

Veja a forma correta de aplicar a vacina contra a Covid-19

A vacina contra a Covid-19 é a única maneira da pandemia do coronavírus ser controlada e a população voltar à vida normal com segurança, o que evitaria o colapso no sistema de saúde, milhares de mortes diárias pela transmissão do vírus, paralisação de atividades econômicas e o distanciamento físico, que tanto tem atormentado a maior parte da população.

Diante disso, é natural que haja uma demanda por profissionais que apliquem a vacina contra a Covid-19 de forma correta e responsável. Alguns vídeos, de diferentes localidades do Brasil, circularam nas redes sociais com o registro de uma suposta aplicação incorreta da vacina.

Ações como essas colocam em dúvida a importância e segurança da vacina que, como dito, é a única maneira da pandemia ser controlada, o que exige adesão da maior parte da população. Portanto, preparamos esse post sobre a aplicação da vacina contra a Covid-19. Confira!

Quais os profissionais podem aplicar a vacina contra a Covid-19?

É preciso ser um profissional da saúde capacitado para aplicação das vacinas. Inclusive, existem treinamentos para isso dentro de campanhas de vacinação, como os realizados em auditórios hospitalares para o ensinamento técnico da aplicação contra o coronavírus ou cursos de extensão como por exemplo, o curso de Vacinação - Conceitos e Boas Práticas em Imunizações.

O público-alvo dos treinamentos são as equipes de reforço contratadas para a campanha, compostas por farmacêuticos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e estudantes de graduação em enfermagem, responsáveis técnicos pelas salas de vacinas da rede pública dos estados, supervisores das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), representantes das vigilâncias epidemiológicas dos hospitais militares, unidades referenciais, imunização das regiões de saúde e chefes dos Núcleos Hospitalares de Epidemiologia dos hospitais regionais.

Qual a importância de treinar os profissionais que aplicam a vacina?

A vacina contra a Covid-19, assim como todas as outras, podem apresentar reações adversas, exige o preenchimento do registro no sistema e apresenta algumas dúvidas. Tudo isso precisa de profissionais capacitados para fornecer qualquer informação solicitada à população de forma segura, transparente e uniforme.

Afinal, trata-se de um programa que necessita da participação das pessoas — a resistência delas quanto a tomar ou não as doses de vacina, pode alongar epidemias e até contribuir para o surto de doenças que já haviam sido erradicadas, como é o caso da varíola e da poliomielite, por exemplo.

Então, os responsáveis pelo processo de aplicação das vacinas devem saber que a CoronaVac, por exemplo, desenvolvida em laboratório chinês em parceria com o Instituto Butantan, precisa ser armazenada de 2ºC a 3ºC, que é a mesma que outros imunobiológicos disponíveis. 

E ainda, saber explicar que alguns dos efeitos adversos da CoronaVac ou AstraZeneca, apesar de não serem frequentes e nem severos, podem ser dor ou hipersensibilidade no local da aplicação, fadiga, febre, dor de cabeça, indisposição e náuseas, que costumam aparecer nos primeiros 4 ou 5 dias de vacina, ou até no 7º dia, no caso da CoronaVac. 

Como ocorre a aplicação da vacina contra a Covid-19?

Além de entender como deve ser feita a correta aplicação das vacinas, o profissional de saúde também deve explicar, de forma didática aos pacientes, o seu processo. Tudo isso faz parte do pacto de ética e transparência. Entenda a seguir o processo de aplicação, de acordo com o Ministério da Saúde e o Programa Nacional de Imunizações:

  • a ampola deve ser mostrada ao paciente ou o responsável por ele, antes ou depois da aplicação;
  • agulhas e seringas devem ser descartadas e abertas apenas durante a aplicação;
  • a aspiração pela seringa da dose deve ocorrer na hora. Seringas preparadas não devem ser aceitas;
  • os dados coletados do paciente devem ser escritos também na caderneta de vacinação, caso ocorra alguma reação adversa mais severa;
  • o êmbolo é puxado até a marca que corresponde a uma dose (0,5 ml), enquanto que para injetar a vacina ele deve ser empurrado;
  • as vacinas contra a Covid são aplicadas via intramuscular. Para essa aplicação, recomenda-se o uso de agulhas com comprimento entre 5,5 mm e 7 mm e com espessura de 0,55 mm a 0,8 mm;
  • as vacinas em geral são apresentadas na forma líquida, mas algumas vêm na forma liofilizada (em pó). Para isso, são diluídas ainda na sala de vacinação, antes da aplicação.

Quer dizer, existe uma série de regras e condutas quanto a aplicação da vacina, que são repassadas nos treinamentos técnicos. O descaso com essas orientações são falhas graves e que podem até resultar na perda do registro profissional. 

Felizmente, o relato de suposto uso incorreto da vacina é escasso e não representa o trabalho geral dos envolvidos. De qualquer forma, caso algo do tipo ocorra, a ouvidoria da instituição deve ser comunicada, e o paciente ou responsável precisa fazer uma denúncia ao Conselho Regional de Enfermagem (Coren).

Orientações do Ministério da Saúde

É importante que os responsáveis pela aplicação da vacina também estejam cientes de algumas orientações do Ministério da Saúde, para evitar qualquer circunstância desagradável. São elas:

  • registro das informações sobre as vacinas aplicadas no cartão de vacinação e no sistema de informação definido pelo Ministério da Saúde;
  • manter no serviço, acessíveis à autoridade sanitária, documentos que comprovem a origem das vacinas utilizadas;
  • notificação da ocorrência de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) conforme determinações do Ministério da Saúde;
  • notificação da ocorrência de erros de vacinação no sistema de notificação da Anvisa; 
  • investigação de incidentes e falhas em seus processos que podem ter contribuído para a ocorrência de erros de vacinação.

O Ministério da Saúde também solicita que no cartão de vacinação seja registrado de forma legível, pelo menos, as informações a seguir:

  • dados do vacinado (nome completo, documento de identificação, data de nascimento);
  • identificação da vacina;
  • dose aplicada;
  • data da imunização;
  • número do lote da vacina;
  • nome do fabricante;
  • identificação do estabelecimento;
  • identificação do vacinador;
  • data da próxima dose, quando aplicável.

A aplicação da vacina contra a Covid-19, assim como as outras, funciona como um pacto coletivo para controlar doenças e evitar milhares de mortes. Nesse sentido, os profissionais da saúde têm uma enorme missão. Assim, além da correta aplicação, também é importante ser gentil com os vacinados e orientar os cuidados pós-vacinação e a continuidade das recomendações da OMS.

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