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Prescrição farmacêutica: o que você precisa saber sobre o assunto

O que são prescrições farmacêuticas? Tire as suas dúvidas sobre esse conceito fundamental para a Farmácia!

Prescrição farmacêutica: o que você precisa saber sobre o assunto

O farmacêutico é um profissional completo. Em sua formação, ele aprende sobre conceitos de Química, Fisiologia Humana, Anatomia, Patologia, Imunologia e muito mais. Tudo isso, com um objetivo: entender muito sobre Farmacologia e aplicar todo esse conhecimento em seu dia a dia.

Por conta dessa base bem trabalhada, o bacharel em Farmácia pode trabalhar em diversos ambientes, além de investir em diferentes pós-graduações após a sua formação. No entanto, o que poucas pessoas sabem é que ele também tem autonomia para prescrever medicamentos.

A prescrição farmacêutica é o tema da nossa conversa! Continue a leitura, saiba mais sobre o assunto e tire as suas principais dúvidas sobre esse tema que é desconhecido por muita gente.

O que é a prescrição farmacêutica?

A prescrição farmacêutica é uma estratégia que permite aos farmacêuticos prescrever medicações aos seus pacientes. Ele pode fazer a prescrição de medicações alopáticas ou naturais, desde que não modifique o receituário prescrito por outro profissional, tampouco, faça diagnósticos.

Essa é uma ação exclusiva para pacientes que já têm o parecer de um médico sobre o seu estado de saúde. O farmacêutico também pode solicitar exames para acompanhar a evolução do caso, em certos momentos. No entanto, é seu dever encaminhar o paciente para o serviço médico, caso note alterações.

Como é feita a prescrição?

Ela é feita da mesma maneira que a prescrição médica. Ou seja: deve ser escrita sempre por extenso, com informações claras e padronizadas e, sempre que possível, com letra legível.

Sobre o medicamento, é importante descrever:

  • fórmula;
  • concentração;
  • via de administração;
  • quantidade de dias de tratamento;
  • quantidade de vezes ao dia;
  • instruções extras, como “tomar à noite”, “em jejum” e outros.

Além disso, é importante constar as informações sobre o paciente, como o seu nome completo e, em alguns casos, endereço, telefone para contato e documento de identificação. Também é preciso estar escrito o nome completo do farmacêutico e a sua inscrição no CRF (Conselho Federal de Farmácia).

Lembrando, é claro, que como todas as outras receitas, a prescrição farmacêutica não admite rasuras ou informações erradas.

O farmacêutico pode prescrever qualquer medicamento?

Não. Dentre os medicamentos que são liberados para a prescrição pelo farmacêutico, podemos citar:

  • alguns produtos para pele, como para o tratamento de acne leve;
  • antiácidos;
  • antieméticos;
  • alguns medicamentos para o sistema gastrointestinal;
  • antibióticos de uso tópico;
  • remédios para a alergia;
  • tratamento para caspa leve;
  • anti-inflamatórios;
  • antiparasitários;
  • expectorantes;
  • descongestionantes, entre outros.

Quais as limitações da prescrição farmacêutica?

Certos medicamentos, por sua vez, não podem ser prescritos pelo farmacêutico. Alguns deles são:

  • antidepressivos;
  • antibióticos orais;
  • ácidos para a pele;
  • certos antiespasmódicos;
  • ansiolíticos;
  • analgésicos opioides, entre outros.

Esses medicamentos só podem ser prescritos por um profissional da área médica. Sendo assim, caso o farmacêutico ache que o paciente pode precisar de uma medicação do gênero, é fundamental que o encaminhamento seja feito o quanto antes.

O que deve ser considerado ao longo da prescrição de um medicamento?

A prescrição farmacêutica é feita da mesma maneira que a médica, ou seja, é levado em consideração o histórico do paciente e o seu diagnóstico. A única diferença é que, no caso do farmacêutico, a conclusão do que acontece com aquela pessoa é feita por outro profissional.

A partir de uma conversa com o paciente, o farmacêutico pode identificar a necessidade farmacológica daquele indivíduo. O interessante é solicitar que ele leve os exames feitos, para que possam ser observados, e as medicações que já são tomadas no dia a dia, a fim de evitar qualquer tipo de interação indesejada.

Como acontece a fiscalização?

A fiscalização não acontece de forma ativa, ou pelo menos isso não é tão comum. Na verdade, os inquéritos são instaurados a partir de denúncias por parte dos pacientes ou de pessoas que forem testemunhas de algum comportamento errôneo por parte dos farmacêuticos.

Quais as consequências de prescrever além do permitido?

Caso o farmacêutico seja denunciado, precisará arcar com as consequências da infração cometida. Podem ser aplicadas multas, que têm valor diferente, a depender da gravidade da situação.

No entanto, em casos mais extremos, ocorre a suspensão temporária do profissional, o que o impede de continuar atuando como farmacêutico. O período vigente das suspensões varia de três meses a um ano.

Qual deve ser a formação do profissional?

Para poder prescrever medicações, o farmacêutico precisa ter concluído o seu bacharel em Farmácia e estar devidamente inscrito e regularizado no Conselho Federal de Farmácia (CFF) e em eventuais órgãos regionais. No entanto, sabemos que as graduações são generalistas e básicas.

Ainda que isso capacite completamente o profissional para todas as suas funções enquanto farmacêuticos, muitas vezes, pode ser interessante investir em uma pós-graduação para aprofundar ainda mais os conhecimentos da faculdade, em que foram apresentados de forma mais superficial.

Além de trazer mais segurança para as prescrições e, portanto, para os pacientes, esse tipo de estratégia ajuda o farmacêutico a se destacar no mercado e a ter mais oportunidades em sua carreira. Uma boa alternativa é o curso de Farmácia Clínica com Ênfase em Prescrição Farmacêutica, da Faculdade IDE.

Essa pós-graduação tem duração de 20 meses e capacita o farmacêutico para prescrever fármacos de maneira segura, solicitar exames e a reconhecer a necessidade de encaminhamento para colegas de outras áreas da saúde. Confira a grade curricular do curso:

  • Fundamentos de farmácia clínica;
  • Serviços clínicos farmacêuticos e procedimentos de apoio;
  • Farmacoepidemiologia e farmacovigilância;
  • Comunicação paciente-farmacêutico;
  • Saúde baseada em evidências;
  • Gestão e administração para estabelecimentos de saúde;
  • Semiologia farmacêutica 1;
  • Semiologia farmacêutica 2;
  • Interpretação de exames laboratoriais aplicados à prática clínica farmacêutica;
  • Cuidado farmacêutico na dor e inflamação;
  • Práticas para elaboração de projetos;
  • Cuidado farmacêutico na suplementação nutricional e fitoterapia;
  • Cuidado farmacêutico na antibioticoterapia;
  • Cuidado farmacêutico no sistema cardiovascular;
  • Cuidado farmacêutico no sistema digestório;
  • Cuidado farmacêutico no sistema tegumentar;
  • Cuidado farmacêutico no sistema nervoso;
  • Cuidados farmacêuticos no sistema endócrino;
  • Cuidados farmacêuticos no sistema imunológico e respiratório;
  • Visitação a instituições desenvolvedoras de atividades clínicas farmacêuticas.

Gostou de saber mais sobre a prescrição farmacêutica? Agora, você já conhece quais são as limitações desse processo e como o profissional pode ser qualificar ainda mais para realizar essa tarefa em seu dia a dia.

Ficou com alguma dúvida ou quer saber mais sobre esse curso? Então, não deixe de entrar em contato com a equipe da Faculdade IDE! Estamos à disposição, ok?

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