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Fisioterapia e Covid-19: entenda a importância na recuperação

Fisioterapia e Covid-19: entenda como a fisioterapia auxilia na recuperação de pacientes e pessoas que sofrem com as consequências da doença.

Fisioterapia e Covid-19: entenda a importância na recuperação

A Pandemia do Coronavírus no Brasil e no mundo

O ano de 2020, no Brasil e em diversos países, foi marcado por uma crise sanitária causada por um estado de pandemia global, por conta do vírus SARS-CoV-2 (Coronavírus). Neste texto você vai entender a relação entre Fisioterapia e Covid-19 na recuperação de pacientes.

 Os primeiros casos notificados de Coronavírus (Covid-19) surgiram na cidade de Wuhan, na China, no ano de 2019 — por isso, a doença recebeu esse nome. No Brasil, o primeiro registro de um indivíduo com sintomas dessa síndrome respiratória foi no final de fevereiro de 2020.

 Desde então, o país se comoveu para providenciar as medidas de prevenção e controle da evolução dos casos, por meio do isolamento social, uso de máscaras, campanhas de conscientização, atendimento home office, entre diversas outras atitudes que incentivassem a população a se manter segura e evitar o colapso do sistema de saúde brasileiro.

Diante desse contexto, com uma doença sem cura ou tratamento específico, a atuação de diversos profissionais da área da saúde foi indispensável, e isso aponta a relação entre Fisioterapia e Covid-19.

A Covid-19 é a doença causada pelo coronavírus, que pode ter desde sintomas leves, como tosse, febre e cansaço, até quadros mais graves, que incluem pneumonia, insuficiência respiratória e até mesmo a morte.

A Fisioterapia é uma das áreas da saúde que vem atuando no enfrentamento desse momento, a fim de contribuir para a recuperação de pacientes que têm ou tiveram Covid-19. Neste post, vamos mostrar como um fisioterapeuta pode ajudar nesses casos. Acompanhe e saiba mais.

Como a Fisioterapia atua nos sintomas de Covid-19?

Essa doença pode ter diferentes manifestações de acordo com cada pessoa. Algumas, de fato, apresentam sintomas mais leves, enquanto outras têm crises graves, precisando recorrer a terapias com oxigênio ou internações, podendo sofrer com complicações, e as sequelas, mesmo após a recuperação.

Como a principal via de transmissão do vírus é a respiratória, os principais sintomas ocorrem nesse sistema. Desse modo, mesmo após a infecção ter se encerrado, alguns pacientes ainda têm problemas respiratórios, como falta de ar e fadiga, perda parcial ou total do paladar e do olfato, entre outros sintomas.

A Fisioterapia também tem como objetivo auxiliar na recuperação de pacientes com Covid-19 ou que sofrem com as consequências da doença. Esta atuação ocorre em várias esferas desde a participação da equipe multidisciplinar assistindo o paciente crítico (intubação, ventilação mecânica e mudanças de decúbito) até procedimentos de terapia para remoção de secreção brônquica e melhora da função respiratória. A seguir, veja como os profissionais podem atuar nesse tratamento.

Tratamento respiratório

Como visto, algumas pessoas têm a manifestação de sintomas mais graves, como a insuficiência respiratória, nos quais é necessária a intervenção por meio da internação e da intubação.

As causas que levam a esse agravamento do quadro ainda não são claras, mas doenças crônicas, como alguns tipos de câncer, diabetes, problemas cardiovasculares ou pulmonares, assim como a idade avançada e a alta carga viral no contágio, são fatores de risco que contribuem nesses casos.

Nos casos de intubação, são utilizados aparelhos de ventilação mecânica para ajudar no funcionamento dos pulmões. O fisioterapeuta pode atuar sendo o responsável pelos cuidados com os parâmetros desses dispositivos, tanto na aplicação quanto na retirada, atendendo às necessidades de cada paciente.

Estratégia de posicionamento

As estratégias de posicionamento ou mudanças de decúbito, são maneiras de auxiliar na postura do paciente intubado, a fim de melhorar a sua oxigenação. Além disso, a realização de atividades de mobilização precoce também são importantes para evitar complicações decorrentes da imobilidade. Essas medidas são necessárias muitas vezes, pois, com o uso do aparelho de ventilação mecânica, é inviável eliminar a secreção das vias respiratórias.

Ao mover o paciente, de forma adequada e consciente, colocando-o pronado, por exemplo, é possível higienizar as vias respiratórias, retirando todas as secreções que estavam se acumulando nas passagens aéreas.

O ortostatismo pode ser realizado, caso a condição do paciente possibilite, melhorando a função cardiorespiratória. O procedimento é feito três vezes ao dia, elevando-se a cabeceira da cama por 30 minutos.

O fisioterapeuta pode realizar ainda treinamentos ativos ou passivos, dependendo do grau de sedação do paciente, por meio de exercícios articulares, alongamentos e estimulação elétrica neuromuscular (FES).

Vale lembrar que um paciente intubado, acordado e com boa noção corporal, também pode fazer exercícios ativos assistidos orientados e com cautela.

Reabilitação muscular

Nos casos dos pacientes em recuperação, que ainda precisam permanecer hospitalizados por um tempo, a reabilitação muscular é, não apenas recomendada, como também fundamental para que eles possam voltar a ter o controle da musculatura.

Como na intubação o paciente passa um longo período sem se mexer, além de serem utilizados betabloqueadores, a fim de relaxar os músculos e assim ser possível instalar adequadamente os aparelhos de ventilação. Após a alta, é comum sentir uma grande fraqueza muscular, principalmente nos membros das extremidades.

Além disso, a própria Covid-19 contribui para essa condição de fraqueza, principalmente da musculatura envolvida no processo respiratório. Dessa maneira, quanto mais cedo o fisioterapeuta atuar no tratamento pós-intubação, maiores as chances de a recuperação ser mais efetiva.

Nesse caso, o profissional da Fisioterapia ensina posturas e exercícios que promovem a recuperação funcional. Esse procedimento pode ter início ainda no período em que o paciente sai do quadro mais grave da doença.

Atendimento contínuo

Muitas pessoas precisam de acompanhamento fisioterapêutico mesmo após saírem do ambiente hospitalar. Os pacientes que passaram por longos períodos de internação são os que mais necessitam de atendimento contínuo.

Como, nesse momento, o indivíduo costuma ainda sofrer com os problemas causados pela fraqueza muscular e dispneia, na maioria das vezes, ele precisa de ajuda para realizar movimentos simples, como caminhar, tomar banho, trocar de roupa, entre outros. Nesse tipo de tratamento, o fisioterapeuta auxilia na recuperação da autonomia do paciente, para que ele possa, gradualmente, voltar a realizar as atividades cotidianas sozinho.

Para isso, o profissional promove exercícios que visam o fortalecimento dos músculos torácicos, abdominais e dos membros inferiores e superiores. Ao longo do tempo, o paciente recupera a sua independência, apresenta melhoras tanto na saúde física quanto mental, e passa por um aumento da sua qualidade de vida.

Graças à aplicação da tecnologia na Fisioterapia, atualmente, é possível oferecer atendimentos tanto presenciais quanto a distância. A segunda opção é um meio que tem sido cada vez mais utilizado para prevenir o contato próximo e, consequentemente, o contágio ou a reinfecção pelo coronavírus. Além disso, ela é uma ótima alternativa para quem não tem acesso a serviços de reabilitação e atendimento contínuo na região onde mora.

Contudo, ainda nos atendimentos presenciais, sejam eles domiciliares, seja nos consultórios, todas as medidas de segurança são tomadas para preservar o bem-estar do paciente, de sua família e do profissional, como a higienização das mãos e aparelhos, além do uso de máscaras, luvas, etc.

Como visto, a relação entre Fisioterapia e Covid-19 se dá principalmente na recuperação das condições físicas do paciente. Para isso, a formação profissional foi um ponto imprescindível para preparar o fisioterapeuta para atuar, de forma ética, nessas condições de pandemia e crise sanitária. Por essa razão, continuar os estudos, como em uma pós-graduação na área da saúde, é uma atitude incentivada para aprimorar e atualizar os conhecimentos sobre o assunto.

Este post foi útil para você? Se sim, aproveite a visita e leia também um outro artigo nosso a respeito das principais condutas de ética para um profissional da saúde.

 

 

 

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